segunda-feira, 2 de maio de 2011

Punk Marketing


PUNK! O movimento musical saído da inglaterra dos anos 80 e 70 é a inspiração para uma nova forma de pensar o Marketing concebida por Richard Laermer e Mark Simmons.

 O Punk como movimento musical caracterizava-se pela falta de conhecimento musical de alguns dos seu performers, a atitude irreverente dos seus protagonistas, e a sua ligação com a anarquia. A banda britânica Sex Pistols e os americanos Ramones foram os principais percursores deste movimento.

O movimento Punk no marketing caracteriza-se pela irreverência no pensar de soluções para os problemas de Marketing. “ O Punk é: Introduzir um caos organizado no local de trabalho, para libertar o pensamento das pessoas.
Tirar um dia de férias (com o CrackBerry desligado, se faz favor!) para fazer algo que seja completamente diferente e estimulante – galeria de arte, cinema, passeio – e deixar a sua mente fazer ligações criativas para resolver os problemas de uma maneira nova.”
O Manifesto do Punk:

Artigo 1
Se não arriscar morre.
Os autores propõem uma serie de riscos calculados, riscos que não têm necessariamente de ser utilizados no consumidor, mas que tenham sido calculados entre as pessoas que estão mesmo a inventar o objecto…o que quer seja o objecto.
Artigo 2
Porque não perguntar “porque não”
Desafiar o estabelecido foi uma das características do punk, também no punk marketing é necessário desafiar o estabelecido, como foi o caso da campanha Dove da unilever, que foi contra o pressuposto que todas as mulheres que figuram em anúncios publicitários deverão ser perfeitas.
Artigo 3
Adopte uma posição firme.
Ao tentar ser tudo para toda a gente perde-se a identificação que poderemos ter com um determinado público-alvo.
Artigo 4
Não ceda
Os autores vão de encontro ao ponto de vista do autor deste blog: “os clientes são importantes mas isso não quer dizer, que estejam sempre certos “. Os clientes muitas vezes precisam de ser confrontados com a realidade e não poucas vezes necessitam que haja alguém que tome decisões por eles. “Na realidade os clientes são ligeiramente submissos e querem que seja a marca a decidir, a empurrá-los contra a parede, a encher o peito e dizer-lhes com firmeza:”eu sou assim e é isto que tenho para oferecer”.”
Artigo 5
Não seja controlador
Os consumidores conhecem as marcas controladoras e procuram evita-las, os profissionais de marketing espertos sabem disso e aceitam-no, em vez de lutar contra a força da vontade. A tecnologia evolui para dar resposta à defesa do consumidor, mecanismos de gravação automática de conteúdos permitem hoje saltar os conteúdos de publicidade.
Artigo 6
Exponha-se
A relação de confiança entre a pessoa e a marca está na base para um relacionamento de sucesso. A honestidade deverá ser o ponto de partida na relação entre a marca e o consumidor.
Artigo 7
Faça inimigos
Para podermos estar presentes na mente do consumidor precisamos de ter um inimigo. Por outras palavras, alguém que represente exactamente o oposto que nós representamos, uma relação do Género “Super-Homem, Lex Luthor”, “Batman e Joker” etc.. Richard Branson com a virgin foi o mestre do posicionamento da sua marca contra todos os líderes de mercado em quase todas as categorias e segmentos. Em Portugal temos uma relação parecida entre a Yorn da Vodafone, e o Tag da Optimus, são muitas as referências subtis presentes nos spots publicitários, aqui a Tag tomou claramente a posição que Richard Branson tomou quando posicionou a marca Virgin como a marca que não tinha custos escondidos e de tarifário único. Neste caso, podemos dizer que o inimigo dos mafiosos é o rapaz ninja.
Artigo 8
Deixe-os a querer mais
Não revelar todos os segredos de uma vez, deixá-los a querer mais, “tease” é a expressão indicada não revelar de imediato todas as qualidades do produto, deixar que seja o consumidor a descobri-las.
Artigo 9
Pense à frente da concorrência
Não ir na tentação do lucro rápido, pensar e antecipar os movimentos da concorrência.
Artigo 10 Não se deixe seduzir pela tecnologia
A media em si mesma não é a mensagem. A mensagem é a mensagem, embora a tecnologia seja o veículo pelo qual a mudança é efectuada, mas o conteúdo é o mais importante.
Artigo 11
Saiba quem você é
Nunca esquecer qual foi a razão que nos colocou no topo, manter-nos fiéis ao que nos colocou no topo, pois os nossos clientes esperaram que nos mantenhamos fiéis á razão que os levou a comprar o nosso produto em primeiro lugar.
Artigo 12
Acabaram-se as tretas de marketing
Exprimir o mais claramente e com simplicidade o que realmente se quer dizer.
Artigo 13
Não deixe que os outros definam os seus padrões
Este artigo diz respeito á publicidade os autores do Punk ( e eu também! )exigem que os anúncios sejam de qualidade, devem por isso passar a mensagem de forma clara, devem fazer com que o espectador fique atento aos anúncios. Não é porque metade do que vemos de publicidade em televisão ser lixo que teremos de seguir essa linha. Devemos procurar que as pessoas fiquem atentas para ver publicidade, da mesma forma que as donas de casa estão atentas para ver a novela das seis.
Artigo 14
Use a ferramentas da revolução.
Já as estou a utilizar! Peguei no que os autores de diversos campos do marketing e comunicação fizeram e redigi algo de novo que embora não seja o meu próprio manifesto, é uma base para aquilo que poderei fazer no futuro. Hey Ho let’s Go!
Artigo 15
Interroguem-se ó participantes.
Será o punk marketing uma forma nova de dizer tudo o que já foi dito, com uma capa de rebeldia Punk á mistura, tentando de forma disfarçada aproveitar-se de uma certa rebeldia que caracteriza muitos profissionais de marketing? Com certeza! Mas é sempre bom quando alguém nos percebe verdadeiramente.
Vantagens:
-          Hey Ho…Let’s Go… “Joey Ramone
Desvantagens:
-          Anarchy in the UK… “Johnny Rotten

Bibliografia:
Laermer, Richard; Simmons,Mark: Punk Marketing: Junta-te à revolução; Lua de Papel;2007


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